quinta-feira, 17 de julho de 2008

MENOPAUSA NÃO É DOENÇA

Do ponto de vista da libido e da sexualidade feminina na menopausa, há inúmeras contradições fisiológicas, que foram introduzidas e aceitas pela sociedade, como sendo uma fase de latência e desinteresse sexual, mas certamente, isto não é verdade. Durante algum tempo na clínica ouvia muitos relatos interessantes de mulheres sobre as “maravilhas” de não menstruar, melhora da libido e melhora da relação sexual na Menopausa. Parece incrível, mas apesar disto tudo o que mais se ouve são as agruras da menopausa. Apesar do “bombardeio da mídia e dos médicos sobre esta terrível menopausa. Nos anos 80 e 90 às mulheres foram muito induzidas “a tratar da menopausa”. Certamente, houve uma série de exageros na formação de opinião do ponto de vista dos médicos, da mídia e dos pacientes. O tal elixir da juventude que prolongaria a beleza, bem estar e saúde feminina estava muito próximo. Tomar “hormônios” resolveria todas as nossas aflições afetivas, cognitivas e sexuais. A caixa de Pandora.

Atualmente passamos por uma nova revolução. Com as fartas evidências da relação hormônio-dependente do câncer de mama e sua relação com a Terapia de reposição hormonal, houve uma verdadeira freada no uso e na prescrição da reposição de estrogênios. E agora o que fazer? Para onde vamos com segurança? Como conciliar uma vida saudável, manutenção da juventude, aptidão física, libido pela vida e vigor sexual atribuídos a reposição hormonal?

Provavelmente, ao contrário do que pensávamos, para a mulher madura, com família constituída, a menopausa seja a verdadeira entrada no paraíso, mas lembremo-nos, que o paraíso não existe, ou melhor ele é aqui mesmo.

Há muito que se sabe que a menopausa, como o nome diz, significa simplesmente o evento final do climatério, a parada do fluxo menstrual. Sinal biológico do fim da vida reprodutiva, e talvez início propriamente da vida produtiva. Afinal, final de vida reprodutiva, não significa final de vida sexual e pode ser apenas início de uma vida bastante produtiva intelectual, artística, afetiva e sexualmente. O climatério, período que cerca a menopausa de um a três anos, que no Brasil na média ocorre em torno dos 48 anos, se apresenta como fase de algumas queixas importantes dos sintomas do climatério. Os sintomas mais comuns são as ondas de calor, irregularidade menstrual, secura vaginal, depressão, irritabilidade, insônia. Entretanto, metade das mulheres tem sintomas muitos leves que não requerem tratamento algum, aliás a maioria do sintomas podem ser adequada e facilmente tratados.

2 comentários:

Consuelo Sánchez disse...

Linda teoria. Mas será que foi escrita por uma mulher que já passou pela menopausa? Ainda não passei, mas sempre ouço dizer que os efeitos psicológicos são devastadores. É preciso ter isso em mente quando debatemos o assunto, que aliás ainda considero muito pouco divulgado.

Unknown disse...

Pode ser, mas é o que observamos na prática clínica. Leia o Relatório Hite II, que voce terá muitas surpresas sobre a sexualidade feminina.